Quando ocorre um evento não planejado em um ativo crítico para o processo produtivo, é exigido que a Manutenção realize um estudo técnico estruturado, para a obtenção de informações confiáveis no sentido de entender o que originou a ocorrência deste evento.
Este estudo técnico tem como característica ser realizado através da utilização de grupos multidisciplinares. Como um dos maiores motivadores em qualquer nível hierárquico dentro de uma organização é o colaborador, trabalhar criativamente na solução dos problemas, com autodesenvolvimento, envolvendo-se com as características de cada ativo instalado, estamos aliando esta metodologia com a chave natural do sucesso. Esta técnica de trabalho é um excelente condicionador ao trabalho criativo, pois a correta definição do problema, é metade do caminho para obtenção da melhor solução.
Apesar de todos entendermos a grande importância da aplicação de uma Metodologia Padronizada para os estudos técnicos de Análise de Falhas, na busca constante e evidenciada das causas raízes, o que temos visto na prática são estudos técnicos incompletos, mal conduzidos, com pouco comprometimento e participação dos colaboradores envolvidos com o sintoma apresentado, gerando com isto ações de melhoria e tarefas de manutenção com baixa confiabilidade.
Pois, mesmo aplicando a metodologia padronizada do começo ao fim, as ações de manutenção e operação continuam a serem realizadas da mesma maneira, configurando um paradigma instalado na organização, e isto ocorre porque:
- a) As pessoas participantes dos grupos dos estudos técnicos não acreditam na metodologia padronizada.
- b) Os técnicos quando são acionados para participarem das reuniões de trabalho, pensam que já sabem as causas raízes e, portanto, contribuem muito pouco com o resultado do estudo.
c) As pessoas possuem grande dificuldade de entender a ótima oportunidade de trocar experiências durante as sessões dos grupos de trabalho.
- d) Normalmente estes estudos técnicos não são acompanhados pelos gestores da manutenção.
Neste trabalho vamos entender a diferença entre a obtenção correta da “causa raiz”, como um fator crítico de sucesso da manutenção, e o “motivo” causador do sintoma apresentado pelo ativo em estudo.